Alemanha, Portugal, Espanha, México e Dubai oferecem visto de trabalho remoto.
A pandemia do novo coronavírus provocou uma série de mudanças sociais em todo mundo. Uma das principais, em relação à Economia, foi a necessidade de isolamento social e a consequente aplicação do home office, claro, para os cargos e empresas com essa opção em suas modalidades de negócio. E a mudança parece ter vindo para ficar: a maioria das empresas que implantaram o trabalho remoto em 2020 tem como objetivo seguir o modelo, mesmo em um ano sob a expectativa da vacinação em massa contra a Covid-19.
E essa mudança reforça ainda mais, mas de forma adaptada um grande desejo de muitas pessoas: morar e trabalhar em um outro país. Isso porque é possível não somente planejar a mudança de nacionalidade, bem como encontrar políticas públicas que incentivem o home office para estrangeiros. Para isso, países como Alemanha, Espanha, México, Portugal e Dubai emitem vistos para quem deseja trabalhar de forma legal e remota.
Na Alemanha, existe um visto chamado “Freiberufler” (Freelancer, em livre tradução), destinado especialmente para nômades digitais. Com possibilidade de prorrogação por até 3 anos, o “Freiberufler”, o turista deve receber do escritório fiscal local uma classificação de freelancer “liberal” em vez de uma profissão com fins comerciais. Feito isto, o candidato deve apresentar um comprovante de renda, seguro viagem, além de carta(s) de recomendação de empregadores anteriores. Em Berlim, exclusivamente, há um visto de artista, que pode ser reivindicado por músicos, escritores e pintores.
Já na Espanha, o visto de trabalhador autônomo é uma permissão especial que permite ao turista morar e trabalhar em todo o território espanhol pelo prazo máximo de um ano. Em primeiro lugar, o candidato precisa passar por uma verificação de sua documentação que deve incluir uma declaração de que não há antecedentes criminais. Saiba mais sobre a declaração do vínculo empregatício para autônomo neste link: https://bit.ly/3ddRudx
Ainda em solo europeu, em Portugal, existe um visto dedicado a turistas. Chamado Visto D2, a documentação faz parte de um programa especial para que empreendedores de outros países tenham residência temporária como trabalhadores autônomos. Para isso, o candidato deve demonstrar que as suas qualidades profissionais são necessárias para Portugal. Para isto, ainda no Brasil, vá ao Centro de Solicitação de Visto mais próximo de sua região. Caso você já esteja em Portugal, procure o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para obter informações sobre o programa.
Pulando para a América, na parte central do continente, o México oferece a turistas um visto de residente temporário. Com prazo de até 4 anos, a documentação permite que brasileiros morem e trabalhem em todo o território mexicano, de forma legal e em home office. Para estar elegível ao processo, você precisa ter renda mensal superior a US$ 1.620 (cerca de R$ 8.350) ou um saldo superior a US$ 27 mil (+- R$ 139.000) em sua conta bancária. Vale ressaltar que, para brasileiros, automaticamente, há a liberação de trabalho e residência por até 180 dias, sem a necessidade do visto.
Por último, nossa última escala é em Dubai. Com a implementação do “programa de trabalho virtual”, Dubai pretende permitir que trabalhadores remotos de todo o mundo, bem como suas famílias, recebam uma autorização para permanecerem na cidade por até um ano, pelo preço de US$ 287, somado a seguro médico com cobertura válida nos Emirados Árabes Unidos e taxa de processamento por pessoa. Além disso, o candidato deve enviar uma declaração de renda mensal igual ou superior a US$ 5.000 por mês. Em contrapartida, o visto permite abertura de conta em banco local, número de telefone, matrícula dos filhos em escolas de Dubai e acesso a todos os serviços públicos do país.