Trabalhar remoto em outro lugar, viagens domésticas e de reconexão atraem turistas.
A pandemia do novo coronavírus impactou diversas áreas de nossa sociedade e uma delas foi o setor de turismo. Com todas as restrições necessárias para a contenção do vírus, descobrir outro lugar, seja de ônibus, navio ou avião, deixou de ser uma tarefa simples para os viajantes. Prova disso são as mudanças de desejo e comportamento de quem decide sair de casa para visitar outro destino, como aponta uma pesquisa do site de hospedagens Airbnb.
Medidas de segurança em hospedagens e locais turísticos, além de reencontro com amigos e membros da família – ambos em locais com menor fluxo de pessoas – são o norte dos viajantes. De acordo com o serviço online de acomodações, a pandemia fez surgir três tendências de viagens para este ano, nomeadas como “viver em qualquer lugar”, “destinos hiperlocais” e “viagens de reconexão”
Em relação à primeira tendência, o Airbnb encomendou um estudo à ClearPath Strategies que revelou dados interessantes sobre a percepção de quem faz home office. 83% dos entrevistados apontaram que desejam trabalhar remotamente de outro local, sem ser a própria casa. Já 60% dos pais entrevistados desejam viajar com os filhos, enquanto o ensino presencial segue interrompido. Enquanto 20% já se mudaram para outra casa desde o início da pandemia.
Já em relação aos “Destinos hiperlocais”, o Airbnb revela que 62% dos entrevistados estão interessados em viagens domésticas. Entre os brasileiros,o site revelou expressivo aumento de reservas em casas inteiras no campo ou em cidades menores e litorâneas, ambas a até 300 Km de distância dos centros urbanos. A pesquisa revela grande interesse dos participantes em experiências como casas na árvores, casas flutuantes e cabanas. Entre os principais destinos estão: São Sebastião, Ubatuba, Campos do Jordão, Riviera de São Lourenço, Petrópolis, Ilhabela, Ipojuca, Búzios, Angra dos Reis, Resende, Tibau do Sul, Imbituba, Caraguatatuba, Urubici, São José dos Campos, Sorocaba.
Por último, “viagens de reconexão” se tornaram essenciais para os viajantes. Os dados do Airbnb mostram que a distância entre familiares e amigos, provocada pela necessidade do isolamento social, foi a responsável por essa tendência de viagem. 37% dos participantes promoveram e querem promover viagens ao lado de pessoas com vínculo afetivo. De acordo com o site, as viagens de reconexão representam aqueles que desejam estar juntos de pessoas fora do círculo diário, mas sem abrir mão do isolamento, e seguirá em alta, ao menos, até o fim deste ano.
