O lago Titicaca, fronteira entre Peru e Bolívia, é um destino turístico imperdível por diversos motivos. Além de ser o mais alto lago navegável do mundo, a população que mora em sua volta guarda aspectos interessantíssimos de uma cultura ameríndia, remanescência de um período pré-colonial.
O acesso à região não é complicado. Puno está a 30 km do aeroporto mais próximo, em Juliaca. É possível, então, fazer quase todo o trajeto em uma conexão via Lima ou Cusco. Em termos de hospedagem, há uma diversidade de preços enorme. Em locais mais simples, o preço por um quarto compartilhado é de US$5 por noite, enquanto um local privado é menos de 15 dólares. No entanto, há hotéis mais sofisticados, que oferecem inclusive um transfer desde o aeroporto, mas cuja a taxa beira os US$100.
Para começar a conhecer melhor o local, é interessante começar explorando o Mirante El Condor, que dá uma vista incrível da cidade de Puno e do lago. O trajeto deve ser feito de táxi, e posteriormente subindo alguns bons degraus até o topo.
Depois disso, os melhores passeios são, de fato, culturais. Sillustani é o mais importante sítio arqueológico da região. Lá estão as ruínas de uma sociedade anterior ao domínio Inca na região, os Collas. Visitar locais como este mostram como a história das sociedades pré-hispânicas é algo complexo e longo.
E por fim, a visita mais espetacular é até as Islas Uros e a Isla Taquile. Elas são remanescentes de povos que, ameaçados pela invasão Inca no local, construíram ilhas flutuantes no lago, utilizando totora, uma fibra vegetal que nasce na beira do lago. O mais interessante desta visita é conhecer uma sociedade em escala microscópica, que desenvolveu sua própria linguagem, cultura e costumes.
Viagens como esta talvez não sejam uma grande opção de descanso, como em uma praia. Mas tem um enorme valor para quem aprecia a história de nosso continente. Puno é uma das cidades sul americanas que guardam importantes documentos históricos a céu aberto. É um passeio imperdível.