Quando pensamos nos eventos que desencadearam o desenvolvimento do que chamamosde mundo moderno, ou modernidade, é sempre evidente uma associação com a descobertado novo mundo, capitaneada pelo genovês Cristóvão Colombo, em 1492, e pelodesenvolvimento das rotas de especiarias, que contornavam a costa africana, buscando osudeste do continente asiático.
E refletir sobre isto é também evidenciar o poder que os dois países localizados napenínsula Ibérica, Portugal e Espanha, tinham no período. Com a ajuda de investimentosadvindos de diversos centros econômicos da Europa, os dois países puderam empreenderas conexões que geraram a estrutura econômica e política que conhecemos.
Entrar nos pormenores destas análises é demorado, mas aos que gostam de conhecer afundo a história, não há tempo a perder. Uma possibilidade interessante é unir o descansodas férias com a riqueza histórica de Lisboa, capital de Portugal: aí está o destino perfeitodo turista amante do conhecimento.
Lisboa foi, durante um longo período, o centro das decisões que impactavam o mundo. Pormais que o sul de Portugal tivesse um protagonismo político forte, a capital nunca deixou deter a discussão final nos tópicos estratégicos.
Isto está a evidente nos diversos museus da cidade. Há museus para os mais diversosassuntos que envolviam o país ibérico em seu auge. O mais interessante, principalmenteàqueles interessados em entender mais sobre as relações de poder internacionais, é oMuseu da Marinha.
O grande diferencial de Portugal, em seu período de protagonismo global, estava noconhecimento náutico que detinham, devido ao intenso contato com a cultura do norte daÁfrica, que possuía vasto conhecimento e tecnologias de navegação. Os mais diversosmapas dos séculos XV e XVI também eram parte central do poder. Poucas nações tinhamuma base cartográfica tão acurada das Américas, da África e da costa asiática quanto o país.
E por mais que aos nossos olhos não pareça tamanha riqueza, devido à difusão destasinformações nos últimos séculos, em retrospectiva histórica, os mapas são o que havia demais valioso no cenário internacional.
Para mostrar a riqueza e opulência deste período, nada é melhor que os adornos em ourodas igrejas construídas entre os séculos XVI e XVIII. Boa parte veio do solo brasileiro,amplamente explorado no período, mas também era achado em algumas (poucas) colôniasna costa-oeste do continente africano.
Lisboa é, sem dúvidas, um destino de grande riqueza histórica para a humanidade. Sãoincontáveis todos os documentos históricos a céu aberto que se encontram na capitalportuguesa. Além de tudo isso, é uma das mais belas cidades europeias — vale uma boavisita, sem pressa de ir embora.