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A conexão entre Casablanca, no Marrocos, e a cultura latino-americana

Como se é sabido, a história da Península Ibérica, região da Europa onde se encontram Portugal e Espanha, é também a história de um profundo e complexo combate contra o ataque das sociedades do norte da África. Durante alguns séculos da Idade Média, a região foi dominada majoritariamente por estes povos, os Mouros.

Entre os anos de 711 e 1492, um período de quase oito séculos, a região esteve sob o controle de povos com culturas muito diferentes das que vemos no resto da Europa. A filosofia muçulmana trouxe uma cor diferente à cultura Ibérica, seja no trabalho, na fé ou na estética cultural. 

Neste último ponto, o intercâmbio cultural é evidente. Em cidades espanholas como Málaga, Sevilha, Granada e Almería, o desenvolvimento arquitetônico destes sete séculos, por exemplo, foi altamente marcado pela estética das sociedades islâmicas do norte da África. 

É evidente, no entanto, que mesmo com a queda do poder Mouro na região europeia, a cultura se manteve forte. Mesmo nas colônias ibéricas, exploradas a partir do século XVI, a presença da estética islâmica é perceptível. Este ponto nos liga ao nosso tema central: ao olharmos para Casablanca, capital do Marrocos, no extremo-norte do continente Africano, e que sempre esteve no meio deste intercâmbio social e cultural, é possível encontrar paralelos estéticos com a artefatos da cultura ibérica. 

Uma primeira grande semelhança entre as culturas está no uso das formas geométricas como adorno arquitetônico. Na cultura muçulmana, a representação de figuras humanas não deve ganhar caráter totêmico, ou seja de adoração. Assim, as mesquitas e outros templos sagrados são majoritariamente decorados com padrões geométricos e formas abstratas. Na região sul da Espanha, a arquitetura ganhou uma característica estética de forte influência da ornamentação islâmica. Não só neste ponto, mas também nas formas abobadadas de portas, batentes e cúpulas. 

As formas abstratas ganharam também relevância nos azulejos portugueses, uma marca da cultura lusitana que tem forte influência desta estética específica. Este é outro exemplo de artefato que se transferiu com grande popularidade para  as terras brasileiras. 

Assim, percebemos que as semelhanças culturais entre as sociedades de matriz ibérica os povos do norte da África são evidentes, em termos estéticos. Isto se deve principalmente à uma interação ancestral, que ainda deixa sua digital na construção de outros povos.

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