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A geração versátil: porque os jovens mudam cada vez mais de casa

Aos 30 anos, Maria já viajou para oito países e conhece uma dezena de cidades pelo Brasil. Diferente de seus pais, quando à época alcançaram a terceira década de vida, a jovem ainda não tem um imóvel ou carro próprio. Sinceramente, Maria parece não se importar com isso. Maria, nome fictício, representa a Geração Y, jovens adultos que parecem não se importar com escolhas definitivas, como a aquisição de uma moradia. Ao contrário, sentem-se melhores com a vida “cigana”, experimentando novos lares, bairros e cidades, acompanhados por parceiros, amigos ou mesmo animais de estimação.

A explicação é simples: essa geração, de 30 a 35 anos, diferente das antecessoras, não mede o sucesso por bens materiais, mas, sim, valoriza momentos, variedade de experiências e absorção de novas culturas e moldes de vida. Para eles, vale mais acumular vivências, seja morando em locais diferentes, seja a passeio ou intercâmbios, conhecendo outros países ou mesmo estados do Brasil, em vez de, em primeiro lugar, garantir a antes sonhada “casa própria”. Vale mais não se preocupar em procurar vaga para estacionar ou se preocupar com a manutenção de um carro, se é possível pegar uma “carona” em um veículo confortável, oferecido por variados aplicativos.

Em tempos líquidos, pedindo licença poética ao sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman, a efemeridade das sensações reina. O medo de “enjoar” de um bem material de alto valor, somado à vontade de diferenciar as escolhas de vida de seus pais e até mesmo o conhecimento da crise econômica que assolou o mundo na década passada (e ainda ecoa no país) faz com que o endividamento (pensando no futuro, como a compra de um imóvel para valoriza-lo, por exemplo) não seja uma escolha tão atrativa.

A geração que viveu na casa dos pais – muitas vezes a mesma casa – por 10, 20 ou 30 anos, quer agora viver apenas o tempo de contrato do aluguel, até uma escalada social que permita um outro espaço em um bairro mais nobre e/ou mais próximo ao trabalho. De acordo com a Forbes, a média de um trabalhador dessa geração em um mesmo emprego é de 3 anos. Portanto, qual o sentido de pensar no futuro quanto a compra de uma moradia em um local que possa vir a ser distante do próximo emprego?

O mesmo vale para “casas de veraneio”. Entre passar todos os feriados em uma única cidade, por anos, a Geração Y quer mesmo alugar uma pousada, uma hospedagem em um hotel ou mesmo um “Airbnb”.

Cada geração, uma particularidade. Mesmo que pareça estranho, para quem se adaptou a medir sucesso e atribuir à imóveis e veículos o significado de estabilidade e garantia financeira, não há nada de errado com os jovens adultos “Y”. Para eles, ninguém pode tirar o que eles têm para contar, já que o aprendizado e as lembranças não têm preço. Afinal, mudar faz bem, por dentro, por fora, para fora de casa, e de outra casa, e de outra casa…

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