Fundado no Século XIV, a Cidade do México, mais antiga metrópole das Américas, passou por diversas transformações ao longo do tempo. De capital do Império Asteca à capital do México, de México Tenochtitlán ao nome atual, foi colonizada e destruída pelos espanhóis, em 1524, foi reconstruída sob os moldes dos exploradores europeus até ser libertada pela revolução mexicana e alcançar números incríveis. Mesmo com tantas transformações, a Cidade do México segue o mais desenvolvido centro urbano e referência política, econômica e cultural no país e uma das mais importantes foi continente norte-americano. Atualmente, é considerada uma cidade global alfa, ou seja, estratégico território ao funcionamento do sistema global de finanças e comércio.
Não por menos: a capital mexicana ocupa a oitava posição entre as cidades mais ricas do mundo, com um PIB de 390 bilhões de dólares com expectativa de duplicação até 2020 e fazendo com que a cidade suba uma posição no ranking. No México, a grandeza da capital corresponde a 21% do PIB total do país (mais de 34% se considerarmos sua área metropolitana). Números usados em favor da população de mais de 9 milhões de habitantes da cidade mais populosa do país e da América do Norte, com mais de 50 mil indústrias. Sua geografia também impressiona em números: desde a sua altitude mínima de 2.2 mil metros acima do nível do mar até seu pico de mais de 5 mil metros, devido sua formação de vulcões e montanhas.
A localização tropical e altitude ditam o clima oceânico com temperaturas médias anuais que variam entre 12 e 17 °C, dependendo da altitude, com forte precipitação no verão – inclusive, com denso granizo. Nada que impeça um passeio no belo Centro Histórico da Cidade do México, Patrimônio Mundial da Unesco desde 1987. Comece a visita pelo El Zócalo ou Praça da Constituição, quarta maior praça do mundo e principal ponto da cidade, em relação aos eventos públicos. Com fortes lembranças da colonização, com suas construções de arquitetura espanhola que remetem a Madrid, curiosamente, é na praça que se realiza “O Grito”, cerimônia comemorativa do início da Guerra da Independência.
Nos arredores do Zócalo, mais precisamente ao norte, se localiza uma mais antigas catedrais católicas romanas do continente americano: a Catedral Metropolitana da Assunção da Virgem Maria aos Céus. Um dos pontos turísticos mais visitados da Cidade do México, a bela sede episcopal da Arquidiocese do México é tombada pela Unesco. Do outro lado da praça, a área onde se localiza o imponente Palácio Nacional – ocupado pela classe governante desde os Astecas – guarda até hoje traços do Império de Montezuma II, sacerdote e chefe da Calmecac, a escola das classes superiores – no século XV. Outro importante ponto turístico do local é o Templo Mayor, um dos principais templos dos astecas. Seu estilo arquitetônico pós-clássico mesoamericano foi construído em homenagem a dois deuses: Huitzilopochtli, o deus da guerra e Tlaloc, deus da chuva e da agricultura.
Toda essa história está registrada nos mais variados museus da Cidade do México. A arte tem o seu devido reconhecimento na construção histórica da cidade, o que pode ser visto em seus mais de 150 museus de arte colonial mexicana, arte moderna e arte contemporânea. Destaque para o Museu de Antropologia e História, o Museu Tamayo (com coleção que inclui obras de Picasso, Klee, Kandinsky e Warhol), Museu de Arte Moderna (com os principais artistas mexicanos do século XX: Rivera, Orozco, Siqueiros, Kahlo, Gerzso, Carrington, Tamayo), Museu de Arte Carrillo Gil, Museu Universitário de Arte Contemporânea, Museu Soumaya (com a maior coleção privada de esculturas de Rodin, fora de Paris e com grande acervo de Salvador Dali) e, por último, o icônico Museu Frida Kahlo (dedicado às obras da mais famosa artista mexicana).