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“Banzo” – Saiba como lidar com a saudade do Brasil

Já passou por muito tempo fora de sua cidade? Seja ao viajar a trabalho ou lazer, deixar, mesmo que temporariamente, a família, os amigos, a casa e suas origens para trás é realmente difícil. Mas como lidar com a falta, colocando-a em seu devido lugar, sem pensar em desistir de tudo e voltar? A resposta é simples: a saudade vai existir, mas precisa ser combatida cuidando da mente e construindo uma nova vida, tão boa ou melhor do que a anterior. Sim, viver não é tão fácil quanto escrever sobre, mas temos dicas para ajudar no desafio.

 Sobre saudade e de onde ela vem

Com origem na língua quicongo, a palavra banzo teve seu primeiro registro em 1793, representando o sentimento de melancolia em relação à terra natal. O mesmo vale para a expressão inglesa homesick, tradução para o desânimo, a tristeza e a ansiedade, ao pensar no lar deixado. Já em bom português, a palavra saudade, que só existe na língua portuguesa, é inevitável quando se mora fora e o assunto é o nosso país, estado e cidade. Seja em qual língua seja dita, os sintomas são clássicos: nervosismo, angústia, isolamento voluntário e a sensação de solidão.

O que fazer para se adaptar?

O tratamento, então, começa pelo entendimento da causa. Sair de casa, e deixar as referências de vida que se construiu até aquele momento, representa deixar para trás conexões com suas origens, além de abrir mão da sensação de segurança e estabilidade. O novo é, para muitas pessoas, desafiador e empolgante, mas, para outras, incerto e desanimador. Para o segundo caso, há uma série de medidas a tomar. A primeira delas é desabafar e não guardar apenas para si o que está pensando e vivendo. Seja com amigos, familiares ou mesmo ajuda profissional, em uma terapia. É importante respeitar os próprios limites e saber que não é necessário lidar com tudo sozinho.

Utilizar a tecnologia a seu favor é uma ótima dica: redes sociais e aplicativos para conversas podem reaproximar de quem importa. No entanto, as utilize com moderação, já que a vida virtual nunca substituirá a vida real. Você também pode convidar amigos e familiares para uma visita, levando-os para conhecer a nova cidade, é mais importante até do que revisitar a sua antiga moradia. Outra medida é evitar o ócio e preencher o tempo com atividades de seu agrado. Tire as lembranças do foco de seu dia e construa novas memórias já que a sua vida, ainda, não é um livro completo, já que ainda restam muitas páginas a preencher.

Seguindo essa linha e a lista de dicas, encontre um hobby, seja ele o aprendizado de um instrumento, dança ou prática esportiva (importante para liberar endorfina, elemento químico que transmite sensação de bem estar e confronta a ansiedade e a depressão). Dê preferência para atividades em grupo, resolvendo, também, a questão da solidão, ao conhecer novas pessoas. Para isso, a próxima dica é aprender o idioma e/ou hábitos do novo local. Desbrave a cidade, aprenda uma nova cultura e descubra novas paixões. Por último, outra medida é escrever um diário, como um companheiro de bordo na nova empreitada. Além do registro histórico da própria vida, é uma excelente fonte de consulta sobre a evolução que você terá ao longo do tempo. Pensar e escrever sobre o que te aflige é fundamental para alcançar soluções.

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