Multiétnica, multirreligiosa, multicultural e multilingue (embora a administração utilize o inglês como idioma principal, não há um idioma oficial definido já que parte da população adota o francês e o crioulo mauriciano), assim, com essas características plurais, podemos definir a Ilhas Maurício, multifacetada por conta da herança africana, francesa, holandesa, crioula, indiana e chinesa, desde colonos a comerciantes de passagem pela rota marítima. Com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto de África, a ilha Maurícia é dividida em nove distritos: Black River, Flacq, Grand Port, Moka, Pamplemousses, Plaines Wilhems, Port Louis, Rivière du Rempart e Savanne; somados a outras três ilhas: Agalega, Cargados Carajos ou São Brandão, e Rodrigues.
O paraíso, conhecido pelas variadas flora e fauna, com diversas espécies endêmicas da ilha, como o pássaro Dodô, apresenta clima tropical, predominantemente quente, com inverso quente e verão chuvoso, em clima influenciado por ventos do sudeste. Parte do arquipélago que reúne as ilhas da Reunião e Rodrigues, as Ilhas Maurício fazem parte das Ilhas Mascarenhas, e são frutos de uma série de erupções vulcânicas ocorridas há 8 ou 10 milhões de anos. Embora atualmente não conte com nenhum vulcão ativo, suas características vulcânicas são visíveis: conta com um planalto central, rodeado por uma cratera que pode ser distinguida de várias montanhas, enquanto seu cume mais alto fica localizado a sudoeste (os 828m do Piton de la Riviere Noire).
A noroeste da ilha, Port Louis é a capital e a maior cidade. No entanto, há destaque também para importantes cidades como Curepipe, Rose Hill, Quatre Bornes e Vacoas-Phoenix, todas elas marcadas pelo exemplo de segurança pública, graças aos 10 mil funcionários da ativa, divididos entre funções militares, policiais e de segurança, sob o Comissariado da Polícia (Força Nacional de Polícia, Força Móvel Especial e Guarda Costeira Nacional). A pluralidade das Ilhas Maurício são vistas a olho nu e sentidas em cada degustação. Fruto dos colonos franceses e holandeses, bem como dos imigrantes indianos e chineses, a culinária é a maior referência de que a mistura dos povos só traz benefícios a uma sociedade.
Com misturas culturais em vários itens de um mesmo prato, as Ilhas Maurício conquista turistas com pratos como o daube, civet de lièvre ou coq au vin, todos servidos com um bom vinho. Os pratos, naturais da culinária francesa, ganharam ingredientes típicos da ilha e influências no preparo vindas de outros povos imigrantes, o que confere um sabor único. Para beber, nada como um bom rum produzido nas Ilhas Maurício. A bebida começou a ser comercializada na ilha em 1638, com a colonização holandesa e a chegada da cana de açúcar. Tudo isso pode ser consumido no mercado central de Port Louis, junto com a experimentação de frutas como longan e graviola, além do dhal puri, sanduíche de rua que pode ser degustado enquanto você compra belos itens de artesanato, como as características cestas de ráfia.