Em 1934, o prestigiado arquiteto americano Frank Lloyd Wright recebeu um projeto residencial, como tantos outros que projetava cotidianamente. No entanto, este tinha uma séria singularidade – a casa deveria ser projetada sobre uma nascente de rio, cujo cliente gostaria de preservar.
Por mais experiente e genial que fosse Lloyd, era um desafio incomum à época. Reza a lenda que o arquiteto perdera o controle de seu prazo para entrega de um projeto, e acabou por desenhar a tal casa a horas da reunião final com seu cliente. História verdadeira ou não, o que se sabe é da importância histórica dessa construção.
O projeto, batizado Falling Water (água que cai), era audacioso – o arquiteto tinha o desejo que todas as áreas de convivência da casa, como as salas de estar, jantar e varandas tivessem vista para a nascente. O resultado final foi uma residência que invertia a dinâmica das casas americanas, com o centro de convivência voltada para os fundos da casa.
Falling Water registra o que há de mais genial na arquitetura de Frank Lloyd Wright: uma preocupação pela convivência social dentro de seus projetos. A estética, o visual, também se destacava; mas a importância do convívio supera. A casa, por exemplo, apresenta poucas barreiras entre cômodos, preservando apenas quartos e banheiros. Esta característica é o que marca o gênio.
Atualmente, por sua importância histórica para a arquitetura, a casa foi convertida em um museu. Lá, o visitante tem acesso a um tour guiado, que expõe o estilo de vanguarda que marca a obra de Lloyd. É uma excelente opção aos turistas amantes de arquitetura e urbanismo.