Possibilidade do trabalho à distância que se intensificou consideravelmente com a pandemia.
Após quase um ano e meio de pandemia do novo coronavírus, e o consequente isolamento social, todo mundo sabe praticamente de cor cada detalhe da casa onde mora. Mesmo com o início da vacinação, o tão almejado “novo normal” ainda não chegou e sair de casa para um simples passeio ao ar livre ou mesmo retomar ao escritório para um dia de trabalho ainda não figuram na lista de muitas pessoas. E essa mudança brusca no estilo de vida das pessoas fez surgir um fenômeno: a compra ou o aluguel temporário de casas no campo para o exercício de trabalhar ou estudar em casa, mas, ao mesmo tempo, ter um quintal para ver a luz do dia, nos intervalos.
E o objetivo é simples: além da oportunidade em se isolar em um local com menos probabilidade de contágio pela Covid-19, muitos dos que moram nos grandes centros urbanos sentem falta de ar puro, silêncio e contato com a natureza. E se, antes da pandemia, essa possibilidade sequer poderia ser considerada, por conta do trabalho e do estudo presenciais, basta que agora o interessado conte com uma infraestrutura necessária para as atividades remotas, como uma conexão com a internet que seja rápida e estável.
E o mercado está aquecido: desde fevereiro do ano passado, é a primeira vez que o mercado imobiliário volta a registrar bons índices. As informações são de um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Já de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a reabertura da economia, principalmente por conta do avanço da vacinação promete um mercado imobiliário ainda mais aquecido no segundo semestre deste ano: isso considerando que, nos primeiros seis meses de 2021, as vendas de imóveis residenciais apresentaram crescimento de 27,1%.