Ao longo dos últimos cem anos, a estrutura de deslocamento de pessoas dentro de suas cidades mudou profundamente, por várias razões. Isso levou países a tomarem decisões em relação a escolha de quais modelos de mobilidade urbana seriam usados em seus principais centros.
Evidentemente, isto impactou a cultura destes locais, e é importante que potenciais expatriados conheçam a realidade em que poderão estar inseridos futuramente. Esta é uma maneira de evitar surpresas ou adaptações desnecessariamente bruscas em relação ao país para onde se mudam.
Na primeira metade do século XX, países de primeiro mundo tiveram a oportunidade de urbanizar seus grandes centros pensando no veículo particular como o grande meio de transporte da população. A grande maioria das capitais europeias e todas as metrópoles norte americanas tiveram uma grande influência do carro por algum período.
No entanto, devido a ineficiência deste modelo, tanto em termos de mobilidade quanto de sustentabilidade, houve uma readequação, principalmente advinda de países europeus, quanto a estrutura de transporte. O investimento em transportes coletivos, como trens, linhas de ônibus, e transportes particulares não-poluentes, como as bicicletas, se tornaram as principais soluções desde a década de 1970.
O veículo de passeio perdeu espaço no cotidiano, sofrendo, em muitos casos, perdas de incentivo na produção e taxação por sua contribuição à emissão de gases poluentes na atmosfera. Assim, a Europa como um todo, em seus grandes centros, se adaptou ao modelo de transporte coletivo como a melhor saída para deslocamentos urbanos.
Já os Estados Unidos, a história foi diferente. A urbanização de grandes cidades americanas se deu com grande destaque ao veículo de passeio também. No entanto, optou-se pela manutenção deste modelo. Assim, os grandes centros norte americanos, mesmo aqueles regionais, são voltados para a circulação com carros pessoais. Isto justifica, por exemplo, toda a estrutura de vida em subúrbios nas cidades dos Estados Unidos, que utilizam vastamente do carro para qualquer tipo de afazer cotidiano.
A relação econômica também é diferente. O financiamento de carros, bem como o consumo de combustível, é acessível e encorajado pelo mercado. Assim, historicamente, é subentendido na vida americana que o carro é uma ferramenta de deslocamento imprescindível.
Movimentos ambientalistas vêm procurando mudar esta percepção nos EUA. Propõem soluções de transporte coletivo como uma saída para reduzir o massivo consumo de combustíveis pela população do país. No entanto, são mudanças lentas, que levam tempo para serem de fato alcançadas.
Conhecer a fundo o seu novo país é um aspecto muito importante num planejamento de mudanças. A FINK te ajuda na estruturação de um plano tão importante para a vida de qualquer pessoa.