Localizada a 240 km da costa sudeste da Austrália, a ilha da Tasmânia tem números impressionantes. Com área total de 68.401 Km², sendo 300 km de norte a sul e 340 km de leste a oeste, e com mais de 519 mil habitantes, o local ocupa a 26ª posição no ranking de maiores ilhas do mundo e conta com nada menos que 334 ilhas adjacentes – desse total, 45% são reservas naturais, consideradas patrimônio mundial. Transformada em estado, no ano de 1901, após processo de Federação da Austrália, a Ilha da Tasmânia é considerada a menor unidade federativa do país, com 40% do local formado por parques nacionais e reservas, além de território substancialmente composto por picos montanhosos.
Com clima temperado, a Tasmânia destoa da aridez encontrada em grande parte do resto do país, destacando-se pela pureza do ar e do ambiente. Hobart, capital do estado, abriga diversos atrativos para quem decidir trocar a capital pelo paraíso natural. A começar pelo Monte Wellington, rico em biodiversidade, com nada menos que 1.271 metros, que define: quem manda é a natureza. Afinal, tudo no estado é descrito por expressões de localização como “situado no meio do monte, atrás do monte, à beira do monte”. O estado abriga também o Jardim Botânico Real da Tasmânia, área de recreação popular com variada coleção de plantas. Além, claro da Sinagoga de Hobart, a mais antiga do país.
Outro point da capital é a Praça Salamanca quando, aos sábados de manhã, acontece a tradicional feira de rua, desde recordações locais até deliciosas iguarias, livros e roupas. Outra atração é a prisão de Port Arthur, o ponto mais visitado da cidade. Erguida para aprisionar os “piores criminosos do império”, a prisão chama atenção pelos vestígios de um passado tortuoso para os presidiários.
Em resumo, a Tasmânia é um verdadeiro convite ao contato com a natureza: são mais de 2 mil quilômetros de trilhos, marcados para expedição e trilhas, entre 18 parques nacionais, distantes da civilização. Morar ou visitar a ilha é se apaixonar, constantemente, seja pelas belas paisagens, seja pela biodiversidade animal, que vai desde o famoso Diabo da Tasmânia – maior marsupial carnívoro existente e símbolo do país, embora só visto em locais de proteção – ou em uma visita às colônias de pinguins, por exemplo, na região de Bicheno.