Pesquisa aponta que setor de cruzeiros cresceu 7,6% e foram gerados 33,7 mil empregos.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou um dado bastante interessante sobre o turismo no último ano: na contramão das viagens aéreas, as viagens turísticas de navios no litoral brasileiro registraram considerável aumento, mesmo em um período marcado por um início de crise econômica. O setor foi responsável por injetar R$ 2,24 bilhões na economia do país entre 2019/2020, o que representa um aumento de 7,6% em comparação à temporada 2018/2019.
Considerando os oito navios à disposição dos turistas, o número de viajantes durante o período foi de 470 mil pessoas a bordo. Os cruzeiristas navegaram por 15 destinos ao longo do litoral brasileiro (Santos, Rio de Janeiro, Búzios, Salvador, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Recife, Maceió, Angra dos Reis, Porto Belo, Cabo Frio, Ubatuba, Itajaí e Balneário Camboriú), bem como visitaram três cidades em países vizinhos: Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu e Punta del Este, no Uruguai.
De acordo com o levantamento da FGV e da CLIA Brasil, o gasto médio por turista – que permaneceram, em média, 5,2 dias a bordo – foi de R$ 3.256 com compras durante a viagem. O impacto econômico médio gerado por cruzeirista foi de R$ 557,32 e, somente no período, este tipo de turismo gerou 33.745 empregos diretos e indiretos. Considerando a carga tributária, as viagens turísticas em navios geraram, nada mais nada menos do que, R$ 296 milhões aos cofres públicos.
Entre os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes estão: compras e presentes (R$ 335,2 milhões), alimentos e bebidas (R$ 333,4 milhões), transporte (R$ 177,8 milhões), passeios turísticos (R$ 146 milhões), transporte nas cidades visitadas (R$ 71,3 milhões) e hospedagem – antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 46,4 milhões). Em relação ao perfil dos turistas, 66,1% estavam em sua primeira viagem de cruzeiro, enquanto 33,9% restantes já haviam viajado. 92% informaram desejo de realizar uma nova viagem do tipo e 87% querem, inclusive, retornar ao destino da escala.