O mercado imobiliário brasileiro sofreu sérias instabilidades desde ao longo do primeiro semestre de 2020. A necessidade de quarentena por quase 4 meses nas grandes cidades brasileiras trouxe uma brusca queda na demanda por novos aluguéis, bem como afetou o faturamento de empresas e escritórios que já tinham espaços locados.
Em momentos como este, as pessoas tem uma tendência de se desesperarem. É uma reação natural a um potencial perigo. No entanto, é muito importante que sejamos racionais na tomada de decisões gerenciais ao longo de uma crise como esta. A locação de imóveis, por exemplo, é um ponto sensível nesta questão.
Gestores devem se indagar se este não é o momento ideal para que se realizem mudanças estruturais no espaço de trabalho. Em primeiro lugar, considerando reduzir a operação física em si. Em muitos casos, é necessário agir neste sentido, a fim de estabilizar as contas internas e se adequar a uma nova realidade. Em muitos casos, não é necessário realizar uma mudança completa de local, mas desalocar certas áreas, colocando departamentos em modelo home office.
Isto também cria a oportunidade de renegociar os contratos e acordos de aluguel de salas e escritórios. Para os locadores, pode ser melhor manter o imóvel alugado a deixá-lo parado, sem gerar nenhum tipo de renda. A baixa procura atual de novos locatários facilita a negociação neste sentido.
Em outros casos, a mudança integral de escritório pode ser uma opção interessante. Em casos de empresas cuja operação é de difícil descentralização, a procura por novos locais mais baratos pode render uma boa economia no fim das contas. É o momento ideal para negociar condições especiais de locação.
Por fim, adotar o modelo de trabalho remoto pode ser uma grande saída neste momento. Muito mais do que enviar os colaboradores para a casa, é estruturar uma nova filosofia de operação, que seja baseada no trabalho digital, e que dê conforto e mais tempo livre ao colaborador. Esta é uma forte tendência do futuro, que irá tornar estruturas de empresas mais leves, remodelando a forma que vemos o mercado corporativo.