Segundo a última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego cresceu em 14 de 27 unidades federativas no Brasil. Os números, divulgados no último dia 16 de maio correspondem ao 1º trimestre de 2019, em relação ao trimestre anterior, alcançando a taxa média de 12.7% de desempregados no país. Em contrapartida, a taxa de desemprego no Canadá, país que cada vez recebe mais mão de obra brasileira, representa menos da metade: 5.6%.
Desde 1976, esse é o nível mais baixo de desemprego no vizinho norte-americano, o que explica os mais de 219 mil postos de trabalho criados no ano passado – 1,2% mais em comparação a 2017. Contudo, esses bons indicadores vêm gerando um certo tipo de “problema” ao governo canadense: falta de mão de obra para ocupar vagas em alguns setores da economia. Resumindo, está sobrando emprego no Canadá.Principalmente nas áreas de serviços, construção, agricultura e hidrocarbonetos.
De acordo com informações do Banco de Desenvolvimento de Negócios do Canadá, apenas 6 entre 10 empresas, considerando as pequenas e médias, conseguem contratar o número necessário de trabalhadores para realizar suas funções. E se engana quem pensa que a culpa é do salário. O Banco afirma que, em média, essas empresas pagam C$ 21 (cerca de R$ 61) por hora.
Já um relatório da Federação de Empresas Independentes do Canadá afirma que, no último semestre de 2018 , mais de 430 mil vagas de empregos foram geradas e não ocupadas em pequenas e médias. O envelhecimento da população canadense explica a escassez de mão de obra e a solução de especialistas canadenses é baseada em aumento de salário e incentivo à importação de trabalhadores.
A expectativa para esse ano é contratar 330 mil pessoas, aumentando para 340 mil em 2020. De acordo com o Governo canadense, a região mais afetada é Quebec. Nada menos que 27,5% dos postos de trabalho estão esperando um candidato à vaga.