Se você já passou dos 30 anos e acha que intercâmbio é só para os jovens, temos uma boa notícia: há uma tendência de oferta demanda para quem já passou das três décadas. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta) sobre a procura por cursos de idioma entre adultos. De acordo com o estudo, nos últimos anos, há um aumento de cerca de 30% em relação a procura por intercâmbios entre pessoas de 30 a 60 anos, buscando aperfeiçoar um segundo idioma, um grande requisito em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
De acordo com o estudo, o perfil do intercambista entre 30 e 60 anos que decide estudar um idioma, em um curso de curta duração no exterior pode ser descrito como pessoas que já iniciaram os estudos no Brasil, mas querem aprofundar seus conhecimentos, já que o valor investido pode ser, inclusive, inferior a um curso de idiomas intensivo, por aqui – além da experiência de morar fora do Brasil. Vale ressaltar o peso no currículo em estudar no curso de idioma em um país onde ele é a língua nativa. Fora isso, o intercâmbio promove o exercício do idioma em passeios culturais e exposição à música, gastronomia e em situações cotidianas.
Com isso, o público dessa faixa etária aproveitam aposentadorias, licenças, demissões e até mesmo férias para investirem no intercâmbio, bem como o desejo de mudança de carreira também é um fator importante para a escolha de intercâmbio. Mas não é só isso: o perfil das escolas no exterior também mudou, proporcionando maior receptividade para estrangeiros com mais de 30 anos, em vez de somente atendimento a adolescentes, universitários e jovens trabalhadores. As principais instituições de ensino têm programas voltados ao público mais experiente.
Para quem tem a partir de 30 anos, a escola Dilit, em Roma, tem um programa com duração de duas semanas, nos meses de abril, junho e setembro, com 20 aulas de italiano por semana, além de aulas de culinária e passeios guiados a museus e vinícolas. Já para os quarentões, a LSI tem um programa chamado 40+, com 20 aulas de inglês pela manhã, além de atividades como passeios culturais pelas cidades Vancouver e Toronto (Canadá), Londres, Cambridge e Brighton (Reino Unido), San Francisco, San Diego, Nova York e Boston (Estados Unidos), Auckland (Nova Zelândia), Brisbane (Austrália) e Zurique (Suíça). Por fim, aos com mais de 50 anos, vale apostar na escola espanhola Don Quijote, localizada em Tenerife, nas Ilhas Canárias, com um programa de 20 aulas de espanhol, além de atividades extras pela bela cidade das Ilhas Canárias.