Você mora por anos em uma mesma casa e cada parte dela guarda uma memória. Você mobiliou e a transformou em um lar. Sim, não é fácil desapegar e deixar tudo para trás. É natural ter apego ao antigo e medo do novo. E se a nova moradia não for tão boa quanto a antiga, você se questiona. No entanto, pare e racionalize: você que construiu as memórias e os apegos. Foi você quem comprou os móveis e os distribuiu pela casa. E será você o responsável por transformar em lar a nova casa.
Sem você – e sem o amor e importância que você atribui à casa – ela não passa de uma moradia, composta por tijolo, piso, teto e janela. O lar é você quem fez e fará, seja onde for. Entenda a casa como uma extensão de sua personalidade. E se a sua vida precisa de uma mudança, saiba que mudar de casa é um grande passo de uma transformação interna e decisiva para a sua vida.
Encare a mudança com dois olhares: o primeiro, deixando para trás tudo o que já viveu de ruim (um vizinho barulhento, uma inimizade no bairro, poucas opções de serviços, etc); o segundo, pensando como em uma promessa de réveillon, visualize a possibilidade de colocar em prática tudo o que deseja para uma nova vida. Mudar de casa é fazer um balanço da própria vida. Mudar de casa é a chance de passar a limpo a sua história.
Pense na mudança sempre como uma oportunidade. Seja por uma rotina mais saudável, seja por novos programas de lazer. Além, é claro, da mudança geográfica representar uma clara chance de fazer novas amizades e até mesmo de conhecer um novo amor. E se após esse texto você ainda está com medo, a dica é: “vai. E se der medo, vai com medo mesmo!”.
Aceite que a vida é feita de ciclos e todo ciclo tem início, meio e fim. Como nos versos de Lulu Santos, em Como uma Onda no Mar, isso é inevitável, natural e não precisa ser encarado de forma negativa, ao contrário: tudo muda o tempo todo no mundo / Não adianta fugir / Nem mentir pra si mesmo agora / Há tanta vida lá fora / Aqui dentro, sempre / Como uma onda no mar…