Serviço de mudanças internacionais e venda de imóveis aumentaram após restrições e desvalorização do real.
A crise sanitária provocada pela COVID-19 e a desvalorização do real estão provocando o retorno de muitos brasileiros que vivem nos Estados Unidos. Com alta do dólar, que teve valorização de quase 30% entre 2019 e 2020, ficou muito caro se manter nas regiões preferidas de brasileiros, como o estado da Flórida.
A queda no valor da moeda brasileira está atingindo em cheio os brasileiros que haviam se programado para passar longas temporadas nos Estados Unidos, mas têm a maior parte da renda em real. Com as mudanças no câmbio, estão tendo que abrir mão do sonho, já que a conta passou a não fechar.
Antes da pandemia, os brasileiros estavam entre os que mais procuravam imóveis para comprar – ocupavam o segundo lugar na lista da Florida Realtors, associação de empresas do ramo imobiliário. O cenário mudou. Ainda de acordo com a associação, houve uma queda brusca na participação de brasileiros no mercado imobiliário local: de US$ 3 bilhões, em 2018, para US$ 1,4 bilhão em 2020.
Agora, muitos têm optado por vender os imóveis. Os aluguéis por temporada caíram drasticamente, por causa das restrições impostas pela pandemia. O resultado foi o interesse em aproveitar a alta do dólar e lucrar com a venda. O aumento do custo de vida é outro fator de peso para a escolha de brasileiros em se desfazer da propriedade em terra americana.
A solução encontrada foi o retorno ao Brasil. Com a arrecadação da venda de imóveis em solo americano, brasileiros têm acionado serviços de mudança internacional, como os realizados pela FINK Mobility, e investido o capital nos dois países. Mas, para manter moradia fixa, o Brasil se torna a opção mais acessível neste momento.