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Por que mudamos? (E o porquê isso é maravilhoso!)

O que você lembra das aulas de História? Mais especificamente do período Pré-Histórico. Ainda adolescentes, aprendemos sobre os hábitos dos primeiros humanos a habitarem a Terra. Muitos desses hábitos foram moldados até hoje, enquanto outros persistem, mesmo passados milhares de anos. Um deles é o nomadismo, prática onde grupos vagueiam em busca dos recursos oferecidos pela natureza, até o esgotamento deles e uma consequente nova busca de moradia.

Adaptando ao contemporâneo, continuamos mudando, seja por adaptações econômicas, seja por pretensões de conforto e comodidade, por exemplo. Desde as cavernas até os tempos digitais, mudar faz bem. Vamos analisar a mudança por dois pontos distintos, mas que se alcançam no fim da história: Mudar por necessidade X Mudar por desejo.

No primeiro dos casos, você precisa deixar a sua casa em rumo a outro lar. “Precisa”, dos verbos “mudar” de emprego ou cargo (para outro bairro, cidade, estado ou país), “separar” (dos pais, casal ou mesmo de amigos) ou mesmo por “sentir” que é mais seguro ou emocionalmente benéfico mudar, em detrimento ao atual lugar em que se reside.

Na outra situação, o verbo que conjuga a mudança é outro: o querer. Neste caso, mesmo sem a necessidade de mudança, já que o atual lugar oferece conforto, segurança e comodidade, mesmo assim queremos mudar de casa. Essa necessidade é inerente ao ser humano. É natural querer o novo. É o “Eros” de Platão: a oscilação entre a frustração de amar e desejar o que não se tem, ao mesmo tempo em que se enjoa ao conquistar o objeto de desejo.

Em ambos os casos, a mudança só traz benefícios. Se estiver mudando porque “precisa”, é natural sentir medo e se apegar ao passado. Assim, a dica é entender que “Meu lar é onde estão meus sapatos / Um pouco em cada pedaço e lugar” (como diz a canção de Sá e Guarabira). Você é capaz de construir um lar ainda melhor em um novo lugar, confie!

Ao mesmo tempo em que a mudança pelo “querer” proporciona o inverso: o medo do velho e a necessidade do novo.  Ou, citando outra música, “Navegar é preciso, viver não é preciso”, de Caetano Veloso (baseada no genial escritor português Fernando Pessoa). Siga feliz no caminho para seu novo lar, mesmo que ninguém entenda a sua necessidade de mudança.

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