Historicamente, os períodos que causam grandes marcas na humanidade tendem a ter reflexo, em longo prazo, no caminho que a sociedade toma, em termos de escolhas, preocupações, e decisões de produção. As conjunturas, estas séries de eventos que em conjunção mudam o contexto que vivemos, nos influenciam por gerações a seguir de seu acontecimento.
E os eventos que se sucederam neste primeiro semestre de 2020 são marcantes neste sentido. Um grande espectro do mercado mundial precisou se adaptar a condições novas de trabalho para seguir produzindo em meio à necessidade de quarentena.
Este cenário, em uma escala global, demonstrou a fragilidade da produção. Por mais singular que seja a situação que vivemos, ela traz sintomas que podemos mitigar. A adequação de determinadas posições no mercado, principalmente aquelas de gestão, ao trabalho remoto, por exemplo, pode se tornar uma realidade para todos?
Esta é uma pergunta complexa. Trata-se de uma adequação que, se ocorrer, muda drasticamente a forma diversos setores da sociedade trabalham. O trabalho remoto tem vantagens econômicas para as empresas, uma vez que o investimento em estrutura diminui.
A prática também demonstra que este modelo não implica numa redução de produtividade por parte de colaboradores. Pelo contrário, ele tende a liberar tempo no cotidiano de cada pessoa, o que resulta em menos tempo de ocupação e mais liberdade para outras atividades, como prática de esportes e hobbies.
Isto significa que o trabalho presencial, em ambientes de gestão, está findado? Não. Esta resposta será dada no contexto de cada empresa, entendo a possibilidade de se adaptar ao modelo, dada a estrutura tecnológica com que contamos, e com sua realidade.
A tecnologia nos leva ao progresso, mas é sempre importante entendermos o que estamos fazendo com ela, e como podemos adaptá-la a nossa realidade, a fim de obtermos o melhor para a produção no momento.