Silêncio, contato com a natureza e uma temperatura congelante, para uns, empecilho, para outros, o ideal de uma viagem. Para o segundo grupo, Paradise Bay, na Antártica – continente mais frio do mundo – , é uma ótima alternativa de destino de férias.
Todo o encanto das águas geladas do Pólo Sul atraem diversos cruzeiros pela região para a contemplação das paredes de gelo e das exuberantes paisagens. Os barcos de turismo promovem visitas com duração de seis dias e cinco noites, em um roteiro que foge dos habituais: saem de cena o cassino e boates a bordo para dar lugar ao contato e aprendizado sobre ecologia e meio ambiente, com informações sobre a fauna e flora, além da história local e oceanografia.
Tudo isso, em uma navegação tranquila, já que não há ondas ou marolas em canais canais Errera, Danco, Cuverville e Lemaire, que são verdadeiros espelhos d’água. Mesmo sob temperaturas inferiores a zero – a explicação para os apenas cerca de mil habitantes – a viagem a Paradise Bay traz calor ao coração de quem sempre sonhou em ver de perto baleias, focas, pinguins e leões marinhos, entre outros bichos, como petreis, skuas e pombas antárticas. Todos eles espalhados por uma paisagem coberta de neve e gelo, além dos icebergs e imponentes geleiras.
Em Paradise Bay, turistas têm a oportunidade de presenciar o sol da meia noite, ou seja, a incidência de raios solares, mesmo no avançar das horas, em um fenômeno que ocorre entre janeiro e fevereiro. A reserva natural é, impecavelmente, preservada – apesar dos efeitos nocivos do aquecimento global – desde a regulação do turismo no local, em meados da década de 1950, quando a Associação Internacional das Operadoras de Turismo da Antártida (IAATO) estabeleceu uma série de regras que pautam agências de viagem e visitantes.
Como chegar: o principal meio é por via marítima, em excursões de barco saindo do sul da Patagônia, tanto em Ushuaia, na Argentina, quanto em Punta Arenas, no Chile. E o custo disso tudo? Uma viagem para Paradise Bay não é barata: os custos do cruzeiro chegam a US$ 5.000, em média, por pessoa, em excursões entre os meses de verão, de novembro a março, para que o turista aproveite mais horas de sol e temperaturas menos extremas.